terça-feira, 4 de março de 2008

Aquosa Alma

Aquosa Alma
Minha alma me exige
explodir a grossa camada de superficialidade
que tentam me impingir.
Nado no profundo lago em que minha alma vive
e quando ela emerge,
não deixa que os outros a vejam.
Murchos ficam aqueles que jamais se banharam
no límpido regato da minha alma
Eles estranham minha serenidade,
eu estranho a grossa camada
de su per fi ci a li da de
Argila dura ainda deixa passos molhados
A moldura ainda escorre secos retratos
Aquosa alma sorridente encanta
os murchos prisioneiros da camada...
Murchos ficam aqueles que jamais se banharam
no límpido regato da minha alma
Eles estranham minha serenidade,
eu estranho a grossa camada
de su per fi ci a li da de
Sopros corporificados se movimentam nas ruas
enquanto jarros secos fiscalizam a vida
daqueles que jamais murchos se banharão...
na única fonte de água, aquosas almas fluidas
celtas, bárbaros, magos e druidas...
Imersa vejo o sol plural multiforme
Imersa vejo um mundo disforme
controlados por moringas eternas
chefiados por molduras
que escorrem a secura de suas telas
Aquosa alma se choca com a superfície
com a grossa camada ...
grossa superfície... da falsa
im par ci a li da de.
Minha alma me exige isso
uma divida interna comigo mesmo
explodir a grossa camada de superficialidade
que tentam me impingir
nado no profundo lago em que minha alma vive,
e quando ela emerge,
não deixa que os outros a vejam.
Aquosa alma serena
resplandece ao sol do inverno
sua presença no mundo dos secos
não interfere na paisagem da manhã
murchos estão aqueles que jamais se banharam
nas profundezas do sereno lago da minha alma.
Sopros corporificados se entrelaçam
a moringas úmidas pelo sereno noturno
tintas escorrem sujando molduras
que opacamente brilham na noite.